Desemprego atinge 238 mil pessoas e alcança pior resultado do AM, aponta IBGE

O desemprego atingiu 238 mil pessoas no Amazonas, no segundo trimestre de 2016, apresentando um crescimento de 48,75% em relação ao mesmo período do ano passado. Foi o maior número de desempregados já registrado no Amazonas, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada na manhã desta quarta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A população desocupada ou desempregada do Amazonas era de 160 mil pessoas entre abril e junho de 2015. Um ano depois, no segundo trimestre deste ano, o número de pessoas sem emprego saltou para 238 mil.  O número de 238 mil desempregados foi o pior resultado já alcançado pelo Amazonas na Pnad, que começou a ser realizada no Estado em 2012. O primeiro trimestre de 2016 havia sido o pior resultado em número de desocupados, com 221 mil pessoas sem emprego.

Com o aumento de pessoas desempregadas no Amazonas, reduziu também o número de trabalhadores com carteira assinada – o emprego formal. Se no segundo trimestre de 2015, 379 mil empregados tinham trabalhos com carteira assinada, esse quantitativo caiu para 346 mil no segundo trimestre de 2016.

O destaque negativo da perda de empregos ficou com a indústria, que demitiu 21 mil pessoas em um ano. O Polo Industrial de Manaus (PIM) empregava 183 mil pessoas entre abril e junho de 2015 e passou a empregar 162 mil um ano depois.

A construção civil foi outra que perdeu 10 mil empregos em 12 meses. No segundo semestre deste ano, o quantitativo de trabalhadores do setor ficou em 103 mil.

A redução de empregos disponíveis fez com que o trabalhador amazonense tentasse uma renda extra, trabalhando por conta própria. Chegou a 525 mil o número de pessoas que atuam por conta própria, no segundo semestre de 2016.