Moraes: “nunca fui advogado de organização criminosa!”

Candidato à vaga no Supremo Tribunal Federal(STF), o ministro licenciado da Justiça, Alexandre de Moraes, iniciou a sabatina no Senado e defendeu-se de diversos questionamentos feitos por internautas e lidos pelo relator da matéria, senador Eduardo Braga (PMDB/AM).

Moraes esclareceu que nunca teve ligação alguma com qualquer organização criminosa quando era sócio de um escritório de advocacia em São Paulo. “Calúnias e injúrias existem e se difundem com muita facilidade. Meu escritório tinha diversos clientes, um deles era uma cooperativa que movia ações de indenização por acidentes automobilísticos. A partir daí foi criada uma mentira em São Paulo que tentou me ligar a essa organização criminosa. É algo calunioso e difamante, são coisas que atingem minha honra e sobre as quais não transijo“.

O sabatinado também falou sobre o suposto plágio feito por ele em uma de suas obras no Direto: “essa história é motivada a partir do rancor de uma pessoa que não conseguiu ser aprovada no concurso da Universidade de São Paulo, junto com uma reportagem maldosa. O próprio tribunal espanhol, onde o caso foi julgado, já disse que os trechos citados tratam-se de um compilado de decisões públicas, nada tem a ver com plágio“.

Ao ser indagado sobre a incompatibilidade entre o cargo de ministro do STF e a atuação da esposa, que é advogada e tem causas na Corte, Moraes foi enfático. “Qual o problema nisso? Não há impedimento algum a meu ver. Se for aprovado, irei me declarar impedido para julgar todos os casos que tiverem ligação com o escritório dela“.

Por fim, Moraes esclareceu outro ponto polêmico na sabatina, o que trata de suposta investigação contra ele na Polícia Federal: “em agosto de 2016 houve cumprimento de mandados de busca e apreensão na empresa JHFS, onde entre 2010 e 2014 havia listas contábeis com notas em nome do escritório do qual era sócio e administrador à época. Como estava ministro da Justiça, o material foi enviado ao Superior Tribunal de Justiça e, depois de lá, encaminhado ao STF, onde foi arquivado um mês depois por falta de provas“, finalizou.