A presidente do Supremo também vai se reunir, na quarta-feira, 4, com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que viajou para a capital do Amazonas na noite desta segunda-feira, 3. Em Manaus, ele se reuniu com o governador do estado, José Melo. Na ocasião, o ministro anunciou que os líderes do massacre vão para presídios federais.
Cármen Lúcia também se reunirá, separadamente, com integrantes do staff dela no CNJ, como o secretário-geral, Júlio Ferreira de Andrade, e Renato De Vito, ex-diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). O objetivo da ministra é analisar dados e relatórios sobre as situações dos presídios e discutir o que seria possível fazer diante da segunda maior chacina do sistema carcerário brasileiro depois da do Carandiru.
Desde que assumiu a chefia do Judiciário e também do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em setembro, Cármen Lúcia tem feito visitas surpresa a diversos presídios do país para avaliar as condições humanitárias e de segurança.
Por enquanto, a ministra não se posicionou oficialmente sobre as mortes nos presídios no Amazonas. Segundo interlocutores, o entendimento é de que nem o STF nem o CNJ podem adotar medidas emergenciais com relação ao massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim. Caberia ao Ministério da Justiça e o governo estadual do Amazonas.