Servidores federais do AM vão discutir nova campanha salarial

O encontro vai acontecer, a partir das 8h, no hotel Taj Mahal, localizado na avenida Getúlio Vargas, 741, Centro de Manaus, com a participação de ativos, aposentados e pensionistas

O Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Amazonas (Sindsep-AM) realiza nesta sexta-feira, 13 de abril, assembleia geral extraordinária para discutir, entre outros assuntos, as bases da nova campanha salarial da categoria.

Ainda na pauta de discussões, a eleição sindical para o triênio 2018/2020, a definição e prazo para a nova eleição, a prorrogação do mandato da atual diretoria, as reformas previdenciária e trabalhista, além de informes sobre as ações jurídicas em andamento e outras mais recentes, que também refletem em benefícios para os servidores.

“O governo continua atacando os direitos dos servidores públicos federais. Daí a necessidade de união e reação da categoria, exigindo a derrubada de medidas que são um retrocesso às nossas conquistas, como a EC 95/16, que congela por 20 anos os investimentos no serviço público, incluindo a realização de concurso; a Reforma Trabalhista e a MP 805”, diz secretário geral do Sindsep-AM, Wlater Matos.

Ele explica que, após perder o debate na opinião pública sobre a Reforma da Previdência, em fevereiro, o presidente Michel Temer agora tenta fazer mudanças na aposentadoria sem mexer na Constituição. E uma das opções é derrubar a liminar que suspendeu a MP 805 em dezembro de 2017, o que afeta diretamente os servidores públicos, visto que aumenta de 11% para 14% a alíquota previdenciária para quem ganha acima de R$ 5.531,31, além de adiar, para 2019, os reajustes salariais já aprovados para várias carreiras do Executivo.

Campanha salarial

“Não podemos aceitar o descumprimento de acordos de braços cruzados, muito menos mais um ano sem reajustes”, frisa o dirigente, lembrando que a assembleia pretende debater as bases da campanha salarial para 2018.

O índice projetado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) como percentual de reposição pelas perdas salariais dos últimos anos é de 25,63%, mais a extensão do índice estabelecido pela Lei 13.464/17 a todos os servidores federais e aplicação do valor de, no mínimo, 50% per capta da União, para a manutenção do plano de saúde.

O cumprimento de acordos firmados e assinados em 2015 com diversas categorias também faz parte dos eixos centrais desse trabalho, assim como a luta por uma data base para os servidores em 1º de maio.  “Do empenho de cada servidor depende a nossa sobrevivência como categoria e como trabalhadores”, frisa Walter Matos.