Agência Fitch corta de novo a nota do Brasil e vê mais risco de calote

A agência de classificação de risco Fitch viu maiores chances de calote do Brasil e voltou a rebaixar a nota da dívida do país nesta quinta-feira (5). A nota brasileira foi de “BB+” para “BB”, com perspectiva negativa, o que pode significar novo corte no curto prazo. Com isso, o Brasil fica duas notas abaixo do chamado grau de investimento, ou seja, abaixo do “selo de bom pagador”.

A Fitch disse, em comunicado, que o rebaixamento reflete “a contração maior que a esperada da economia” e citou a dificuldade do governo em equilibrar as contas públicas. A agência de risco calcula que a dívida bruta do Brasil poderá alcançar quase 80% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2017.

Afirmou, ainda, que “as mudanças repetidas nas metas fiscais minam a credibilidade fiscal” e que houve “fracasso do governo em estabilizar a perspectiva para as contas públicas”. A agência havia tirado o “selo de bom pagador” do Brasil em dezembro.

Com a nota “BB”, o Brasil volta ao patamar de classificação de risco que tinha em 2006. A Fitch, em dezembro, previa que o PIB brasileiro teria contração de 2,5% em 2016 e crescimento de 1,2% em 2017. Agora, a agência estima queda de 3,8% este ano e alta de 0,5% no próximo.