50 tons de cinza

O cenário de Ciência & Tecnologia no Amazonas ganha tons cada vez mais sombrios e mostra definitivamente o retrato do atual governo estadual. Após extinguir a Secti, incorporando-a a agora a Seplanct, o governador José Melo deu mais um SOPRO na cara dos admiradores do setor, colocando a gestão da Fapeam nas mãos de Renê Levy.

Para os grupos que lutam pela ciência no Estado, a mensagem do governado tem sido clara: para que serve mesmo o sistema de C&T? Isto porque, segundo os especialistas do estado, Levy não tem a menor afinidade com a área e muito menos passagem pela academia como pesquisador, o que mostra a força do “apadrinhamento político”. Nada mais ultrapassado e antitécnico.

Geólogo, o novo titular da Fapeam foi secretário Municipal de Meio Ambiente, diretor-presidente do Implurb, coordenador do atual Plano Diretor Urbano-Ambiental de Manaus e secretário da RMM a época da bilionária Ponte do Rio Negro. Há quem diga que a decisão foi feita pela fórmula do que sobrou: faltou Levy e Fapeam, então assim foi definido o gestor. Não teria sido melhor escolher um BOM técnico, especialista em fomento à pesquisa?