Em 1980 o Brasil assistiu talvez o mais verdadeiro ato de caridade já praticado nesse país. O Papa João Paulo II, em visita ao Rio de Janeiro, chocado com as necessidades das famílias do Vidigal, tirou de sua mão o único anel que usava, o Anel do Pescador, possuído exclusivamente pelos Papas.
Feito em ouro, o anel do Pescador tem em baixo relevo a figura de São Pedro pescando em um barco. O Papa sabia que não teria sentido exibir uma joia de luxo enquanto muitas famílias passavam fome nas favelas cariocas. E assim ele, com um gesto tão simples e ao mesmo tempo tão marcante provou ao Brasil e ao mundo que havia lógica entre o que pregava e o que fazia.
Quando o discurso e a prática não andam juntos, não há como admirar e respeitar. Imaginemos que ele tivesse passado pelo Brasil, visto de perto a pobreza, e mesmo assim tivesse apenas falado de caridade sem dar o exemplo. A credibilidade dele não seria a mesma. Simples assim. Oremos!









