O Polo Naval e a maquete de isopor

O Ministério Público Federal divulgou nesta quarta-feira uma grande vitória obtida na Justiça Federal: foi anulado o Decreto do Governo do Estado do Amazonas que desapropriava áreas de populaçōes tradicionais para construir um grande empreendimento chamado Polo Naval. Quem seria beneficiado e quem seria prejudicado? Segundo a justiça, a população seria prejudicada porque não foi consultada. O empreendimento poderia causar um genocídio.

Mais uma vez, a coragem para anular ilegalidades de governo estadual partiram das mãos da juíza federal Jaiza Fraxe. Ao proteger as populações da Amazônia e dar a elas o direito de consulta, a justiça federal disse que a Amazônia não é uma maquete de isopor ou um programa de computação gráfica que pode reproduzir os ambientes como nos parques de diversōes de países ricos.

Muitos empresários e políticos ficam sonhando em transformar nosso Estado em  Disneylândia. Dessa vez a justiça federal não deixou, afirmando que só seremos operários florestais se quisermos.
Viva o Ministério Público e a Justiça Federal, que equilibram as forças e defendem a população contra as ilegalidades. Oremos!

Leia a sentença na íntegra.