AM perde 18 mil empregos em 2016, dos quais 6,2 mil só na indústria, aponta Caged

O Amazonas perdeu 18 mil postos de emprego com carteira assinada, no ano passado, dos quais 6,2 mil só na indústria de transformação. Foi o segundo pior resultado desde 2003, o começo da série histórica, e  superado apenas em 2015, quando foram perdidos 37 mil postos. No País, foram perdidos 1,3 milhão de vagas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta tarde pelo Ministério do Trabalho.

O saldo de 18 mil empregos é o resultado da contratação 136,4 mil trabalhadores contra a demissão de 154,4 mil. no ano passado, o que significou uma retração de 4,17% do emprego formal no Amazonas.

Na indústria de transformação, o segmento de material de transporte, que inclui a produção de motocicletas, liderou a queda no emprego, com 2,5 mil postos perdidos, seguido por produtos alimentícios e bebidas, com 1,5 mil vagas a menos.

A retração na indústria repetiu o resultado de 2015, quando 6,1 mil vagas foram fechadas e só não foi maior pelo desempenho do  segmento de material elétrico e de comunicações, que perdeu ‘apenas’ 402 postos. . Este subsetor inclui a produção de televisores e telefones celulares, entre outros, e lidera o faturamento e empregos no Polo Industrial de Manaus (PIM).

O setor de serviços também registrou forte retração, com a perda de 5,4 mil empregos, no ano passado, puxado pelo fraco desempenho da hotelaria, restaurantes e bares, que fecharam 3,3 mil vagas. O subsetor de transportes e comunicações também encerrou 1,6 postos e a atividade de ensino mais 585 empregos.

No sentido contrário, os serviços médicos e odontológicos encerram o ano com o saldo positivo de 435 vagas em relação a 2015, segundo os dados do Caged.

Setor que tradicionalmente oferta mais empregos, o comércio fechou 2016 com a perda de 3,5 mil vagas, quase a totalidade no segmento varejista (-3,4 mil). No ano passado foram admitidos 37,1 mil trabalhadores e  desligados  40,6 mil.

Em mais um ano de dificuldades, com a retração das vendas de imóveis e sem grandes obras públicas, a construção civil perdeu  2,6 mil vagas, em 2016, um pouco inferior a 2015, quando a perda totalizou 2,8 mil postos. Segundo os dados do Caged, no ano passado foram contratados 15,6 mil trabalhadores e  17,9 mil foram demitidos.