A greve dos petroleiros no País entrou nesta quinta-feira, 5, no oitavo dia com operações afetadas em pelo menos 13 Estados, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP). O balanço da mobilização indica que, além das 48 unidades marítimas que aderiram ao movimento, há paralisações e redução de atividade em refinarias e terminais de distribuição. Na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio, os sindicalistas estimam um prejuízo de R$ 1 milhão por dia com a redução na produção e a interrupção no fornecimento de matéria prima.
Na manhã desta quinta-feira, os sindicalistas fecharam a rodovia de acesso à Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na região metropolitana de Salvador, em protesto contra a prisão de dirigentes e lideranças grevistas. A estratégia do movimento, a partir de agora, será intensificar a articulação com outros movimentos sociais – uma manifestação está marcada para a sexta-feira, no Rio.
“É uma conscientização da sociedade e dos movimentos sobre a greve. Os movimentos já estão conosco na luta, como o movimento estudantil, a CUT, a Via Campesina”, afirmou Deyvid Bacelar, representante dos trabalhadores no conselho de administração da Petrobras. “A gente cobra do governo um posicionamento em relação ao que foi proposto na campanha eleitoral, que não era o desmantelamento da companhia”, completou.
Também pela manhã uma manifestação em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, foi reprimida pela Polícia Militar. Um grupo de trabalhadores e sindicalistas tentou impedir o acesso ao terminal de distribuição da Transpetro, mas foi retirado à força pelos policiais. Também os terminais da subsidiária de logística da estatal foram bloqueados em São Francisco do Sul, Guaramirim, Biguaçu e Itajaí, em Santa Catarina, e em Paranaguá, no Paraná.









