Durante a tarde e a noite de quarta-feira, 25 de novembro de 2015, dois fatos INÉDITOS na história do Brasil levaram a capital federal a vivenciar uma crise generalizada: a prisão em flagrante de um Senador em pleno exercício do mandato, Senador Delcídio do Amaral (líder do PT no Senado, Senador pelo MS), autorizada pelo STF e a entrada de Policiais Federais armados no Congresso Nacional para efetuar a prisão.
Desde o ensino fundamental, as crianças e jovens brasileiros são doutrinados a aprender que os poderes brasileiros são independentes e harmônicos entre si. Mas onde foi parar a harmonia ontem? Ficou acanhada, muito acanhada! O presidente do Senado Renan Calheiros, muito contrariado, lançou sua manifestação de inconformidade contra a decisão do Supremo. Vários Senadores o acompanharam. Houve críticas ácidas pela entrada de policiais armados no Congresso.
No final da sessão, a maioria dos Senadores da República ratificou a prisão e aplaudiu o Supremo no episódio “Delcídio Amaral”.
Apesar do final pela confirmação da prisão de Delcídio, os debates continuam bastante acirrados. A principal simbologia política da prisão é mais um enfraquecimento do PT, na medida em que Delcídio era líder do Partido dos Trabalhadores, que ainda lançou uma nota oficial jogando DELCÍDIO AOS LEÕES, pois não se julgou obrigado à solidariedade. A nota foi criticada por vários Senadores, em especial o Senador Renan Calheiros, que considerou o documento – a nota do PT – além de intepestiva, oportunista e covarde. Tudo isso foi consequência da 21a fase da Operação Lava Jato.
DELAÇÃO TORTURADA?
Uma das curiosidades na Tribuna foi o senador Donizete Nogueira, do PT do Tocantins, que discursou com bastante ênfase, dizendo que a delação premiada, instituída pelo legislador brasileiro, foi transformada em delação torturada na Operação Lava Jato. Sua afirmação não recebeu nenhuma adesão. Oremos!
