A troca de pares

O Amazonas vai passar por eleições suplementares, em razão de determinação do Tribunal Superior Eleitoral, que anulou a eleição de 2014 porque José Melo comprou votos, muitos votos, a partir de um grande esquema montado para fraudar eleições, do qual fez parte Nair Blair. Assim está no decidido pelos Ministros no processo.

O caso é inédito no Amazonas. Nenhum governador jamais havia sido cassado e jamais tinha havido eleição suplementar.
Mas agora haverá e o povo se surpreende com oito candidaturas majoritárias, que deverão ser registradas amanhã.

No meio dos candidatos, a união de Eduardo Braga e Marcelo Ramos chama a atenção. Adversários políticos nas eleições anteriores, agora estão na mesma chapa.

E o que motivou a união? Ambos têm o mesmo desejo, o mesmo projeto: tirar o Amazonas do caos em que se encontra, fazer uma política para resgatar o Estado, onde a violência é muito mais que assustadora; onde sabe-se que não há remédios nos hospitais, não há vaga para cirurgias; exames então, nem se fala.

O desemprego no Estado, na capital e interior, é, talvez, a maior de todas as tragédias a causar as demais: sem trabalho, o homem se desespera, perde a dignidade, adoece, às vezes comete loucuras. Não se viu, no governo cassado, uma política viável para gerar empregos e renda. O que se viu foi um escândalo atrás do outro. Prisões por fraude e peculato na área de saúde e Melo deixou a cadeira sem dar uma explicação ao povo.

Portanto, nada mais adequado ao Amazonas do que a união entre a experiência de Eduardo Braga e a garra de ser e fazer diferente de Marcelo Ramos. Juntos, devolverão a esperança aos amazonenses.
Oremos!

Jander Vieira
Editor Chefe