Adiamento das eleições diretas é improvável

O secretário judiciário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Waldiney Siqueira, disse, ontem, que a proposta de adiar eleição é praticamente inviável. De acordo com o candidato a governador José Ricardo (PT), no último sábado, seis representantes, coligações e partidos que irão disputar a eleição suplementar no dia 6 de agosto, ingressaram com um pedido no TRE para adiar o pleito em sete dias.

De acordo com Siqueira, o TRE ainda não registrou o pedido. “O plantão funcionou até as 14h de hoje (ontem) e ainda não tivemos conhecimento deste pedido. O adiamento não é impossível, mas o Tribunal não tem mais tempo de mudar o calendário, não tem como mexer em mais nada dos prazos. Qualquer alteração no calendário tem que ir a votação no plenário (do TRE) e publicar uma nova resolução, mas não há mais tempo, não há mais prazo. Eu acho, praticamente, impossível”, disse.

De acordo com o secretário, na sexta-feira, quando o presidente do TRE, desembargador Yedo Simões, ratificou que a eleição será realizada em 6 de agosto, conforme decisão anetrior da Justiça Eleitoral, nenhum candidato se manifestou contra.

Na sexta-feira, Yedo Simões confirmou que o calendário eleitoral das eleições suplementares para governador do Amazonas estava mantido. Com isso, o primeiro turno ocorrerá no dia 6, com nove candidatos. Se ocorrer segundo turno, será realizado no dia 27 de agosto, conforme a decisão anterior determinada pela Portaria TRE/AM 494/2017.

O TRE também vai continuar com o orçamento previsto anteriormente, que totaliza R$ 18 milhões, repassados pelo TSE. No último dia 28 de junho, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, decidiu pela suspensão das eleições, sem alterar a cassação do ex-governador José Melo e do vice, Henrique Oliveira. Na noite de quinta-feira, o ministro do STF, Celso de Mello, tornou sem efeito a decisão de Lewandowski que suspendeu a eleição suplementar.

Na última sexta-feira, o presidente do TRE confirmou o calendário: “Vamos manter o dia 6 de agosto a eleição. Houve entendimento com o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, o secretário dele, e chegamos a essa definição. As questões que surgirem serão resolvidas pelo plenário”, afirmou Yedo Simões. “É menos traumático para nós não adiarmos a eleição, porque tem custos envolvidos e, assim, não haverá prejuízos”. (D24 AM)