Na noite da última quarta-feira (4), um documento inserido no sistema oficial do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) consta que Alexandre de Moraes ‘determinou’ sua própria prisão. Ao que tudo indica, o sistema foi alvo de um ataque hacker.
O texto que chegou ao Banco Nacional de Monitoramento de Prisões contém vários trechos ironizando a atuação do ministro. “Sem me explicar, porque sou como um deus do olimpo, defiro a petição inicial, tanto em razão da minha vontade como pela vontade extraordinária de ver o Lula continuar na presidência”.
“DETERMINO, por fim, a extração integral de cópias e sua imediata remessa para o Inquérito n. 4.874/DF e de todos os inquéritos de censura e perseguição política, em curso no SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL para o CNJ, a fim de que me punam exemplarmente. Diante de todo o exposto, expeça-se o competente mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L.”, diz o suposto mandado de prisão.
Além da prisão do ministro, o texto falso ainda propõe que o ministro pague uma multa de R$ 22,9 milhões.
Comunicado do CNJ
Em nota, o CNJ contou que restringiu todos os acessos ao sistema após o ocorrido. Confira a nota do órgão abaixo:
“O Conselho Nacional de Justiça identificou inconsistência ‘fora do padrão’ no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, introduzida por usuário regularmente cadastrado no sistema. Cautelarmente, e como medida de segurança, haverá restrição de acessos à plataforma, embora esteja preservada a integridade das demais informações que foram, regularmente, produzidas dentro do sistema”.
Agora, a Polícia Federal investigará se realmente houve um ataque cibernético. Uma das suspeitas é que a ação tenha sido realizada internamente, por algum funcionário que teria acesso ao sistema.