Alunos da rede estadual de ensino podem ficar sem aula hoje

Alunos da rede pública estadual de ensino podem ficar sem aulas hoje em todo o Amazonas. O motivo seria a paralisação dos trabalhadores em educação da capital e do interior. Os profissionais prometem paralisar suas atividades nos três turnos para cobrar reajuste salarial e melhorias trabalhistas. O ato será promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam).

De acordo com o presidente da entidade, Marcus Libório, mais de 25 mil trabalhadores em educação devem aderir ao movimento que contará, ainda, com a realização de um ato público na frente da sede do Governo do Estado, na Zona Oeste, a partir das 8h. No interior, conforme ele, a categoria vai realizar protestos na frente das coordenadorias da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

O ato é para forçar uma reunião com o governador José Melo, já que, o encontro que havia sido agendado para o último dia 23, foi desmarcado na véspera sem muitos detalhes. “Nos ligaram na terça-feira, no final do expediente, para dizer que não haveria mais a reunião e que ela havia sido remarcada para o dia 31, mas não informaram nem o horário, ou seja, nada oficial”, queixou-se Libório.

Conforme ele, a categoria enfrenta dificuldade para conversar com o governador desde o início do ano. “Formalizamos o pedido de audiência em janeiro e nunca tivemos resposta. Já fomos pacientes demais. No ano passado dialogamos e foi constituída uma comissão para negociar não só a nossa data-base, mas também o plano de saúde, mas não saiu do papel. Queremos que o governo cumpra o que foi acordado”, enfatizou.

Ele ressaltou que durante as negociações do ano passado, José Melo disse que estava impedido de conceder reajuste salarial, mas prometeu implantar um plano de saúde para os trabalhadores, uma reivindicação histórica da categoria. Porém, não cumpriu. “O governador disse que havia R$ 26 milhões que poderiam ser usados para o benefício com data marcada: fevereiro de 2016. Mas para nossa surpresa no início do ano ficamos sabendo que o plano não seria implantado”, contou.