Americanas grávidas podem ser aconselhadas a não vir ao Brasil no Carnaval

Autoridades da área de Saúde dos Estados Unidos estudam emitir um alerta para que americanas grávidas não venham para o Brasil. De acordo com reportagem do jornal The New York Times, o motivo é o surto epidêmico de zika que se espalhou pelo País. Caso isso ocorra, será a primeira vez que o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) – tipo de Anvisa especializada em doenças infectocontagiosas – aconselhará mulheres grávidas a evitar uma região específica.

Com a proximidade das Olimpíadas do Rio, o alerta, que é tido como certo, terá efeito devastador no turismo. O problema é que há o risco de um efeito em cadeia com outros países acompanhando o conselho. O diretor de doeças transmissíveis por mosquitos do CDC, Lyle Petersen, disse já ter encontrado o zika vírus em tecido de quatro crianças brasileirs, dois bebês que tiveram microcefalia, e morreram logo após nascerem, e dois fetos que morreram no útero.

De acordo com o dr. Petersen, a microcefalia tem várias outras causas, desde defeitos genéticos ao contágio da gestante por rubéola ou citomegalovírus. Ele explica que as amostras “parecem com o que veríamos se uma infecção fosse a causa”.

O jornal alega que, apesar do conselho ser “obviamente” para viagens ao Brasil, poderia ser estendido à grande parte da América Latina, lembrando que a transmissão do zika vírus já foi identificada em 14 países: Brasil, Colômbia, El Salvador, Guiana Francesa, Guatemala, Haiti, Honduras, Martinica, México, Panamá, Porto Rico, Paraguai, Suriname e Venezuela.