Arrecadação federal cresce 18% e chega a recorde de R$ 235 bi em janeiro

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A arrecadação federal começou 2022 mantendo o avanço de dois dígitos registrado nos meses anteriores. O resultado chegou a R$ 235,3 bilhões em janeiro, o que representa um crescimento real de 18,3% em relação a um ano antes.

Esse é o melhor resultado para o mês na série histórica, iniciada em 1995. Segundo a Receita Federal, os dados decorrem da melhora da economia frente a um ano atrás —com mais vendas em serviços, maior valor em dólar das importações e melhor situação das empresas.

Cobrados com base no dessempenho das companhias, o IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) registraram crescimento real somado de 32% e chegaram a R$ 84 bilhões em janeiro.

Os principais contribuintes de IRPJ e CSLL são entidades financeiras e empresas de mineração. Em seguida, estão comércio atacadista, comércio varejista e empresas metalúrgicas.

Do total de IRPJ e CSLL, R$ 12 bilhões são considerados extraordinários pela Receita Federal devido a declarações de ajustes das empresas nos números do ano passado. Essas mudanças podem ser informadas pelas companhias até março.

Removido o valor extraordinário, o avanço das receitas administradas pela Receita seria mais brando e cairia na comparação anual de 14,6% para 9,1%. Apesar disso, o resultado total continuaria recorde.

Outro item que impulsionou os dados de janeiro foi o PIS/Cofins —que avançou 8%, para R$ 36,4 bilhões. A Receita afirma que a variação decorre de fatores como a maior arrecadação com empresas não financeiras, com destaque para o setor de combustíveis, e o maior valor das importações.