Balsa furtada por piratas no Rio Negro em Manaus continua desaparecida

Após dois meses do furto de uma balsa de 400 toneladas, a embarcação ainda não foi encontrada. A balsa foi furtada na madrugada do dia 28 de maio, quando estava presa a uma boia de atracação no Rio Negro, no bairro Santo Antônio, na Zona Oeste de Manaus. O caso ainda não foi solucionado pela Polícia Civil do Amazonas.

A embarcação “Golfinho 7”, que é avaliada em R$ 300 mil, estava atracada em uma boia no Rio Negro a 500 metros de distância da margem esquerda do rio, trecho próximo à avenida Padre Agostinho Caballero Martin. Havia também outras balsas no mesmo local.

A balsa furtada pertence a uma empresa de navegação, que atua com o transporte fluvial de combustíveis e carga geral. A embarcação estava vazia no momento da ação dos criminosos, que ocorreu entre 4h da madrugada e 6h da manhã do dia 28 de maio. O proprietário da balsa acredita que os criminosos utilizaram um rebocador para retirar a embarcação do local, pois a balsa não tinha motor acoplado.

O caso foi registrado na 5º DIP, mas as investigações ficaram sob responsabilidade da Delegacia Fluvial. A empresa também acionou a Polícia Federal e a Capitania dos Portos da Amazônia Ocidental. Na época, o Sindicado das Empresas de Navegação no Estado do Amazonas (Sindarma) chegou a emitir um alerta para demais empresas de navegação e se reuniu com o delegado titular da Deflu.

Essa é a segunda vez que a empresa de navegação é alvo dos piratas. Há quatro anos uma outra balsa foi furtada, sendo encontrada pela polícia em Itacoatiara, a 277 km de distância de Manaus.

O setor de navegação tem sido alvo de criminosos nos rios, chamados de piratas. Os ataques ocorriam com maior frequência em trechos do interior do Amazonas e em áreas mais isoladas. Entretanto, as quadrilhas agora também atuam na região urbana de Manaus.

“Os frutos dos roubos não são utilizados somente para transportar cargas e combustíveis desviados, mas sim para alimentar outros crimes. Hoje, a balsa roubada deve estar desmontada. É preciso entender que junto com os roubos também vem a prostituição infantil, o tráfico de drogas e outros crimes”, ressaltou o presidente do Sindarma, Dodó Carvalho.

Insegurança

O Sindarma tem cobrado mais segurança nos rios que banham os estados da Região Norte do país. Uma das medidas realizadas pela entidade consiste na mobilização para pedir mais celeridade na tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que prevê a criação da Polícia Hidroviária Federal. O novo grupamento ficaria responsável em coibir os crimes nos rios e lagos. A proposta tramita no Senado desde 2012.

 

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