O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, nesta quarta-feira (8), manter a taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano. Foi a primeira decisão sobre juros no governo do presidente interino, Michel Temer. Foi uma deliberação unânime dos integrantes do Copom.
A taxa foi definida ainda sob comando de Alexandre Tombini, presidente do BC escolhido pela presidente afastada, Dilma Rousseff. O novo presidente do BC, aprovado na terça-feira (7) pelo Senado, Ilan Goldfajn, ainda não havia assumido oficialmente e não participou do processo.
É a sétima reunião seguida em que a taxa permanece no mesmo nível. A Selic chegou aos 14,25% em julho de 2015, e foi mantida nas reuniões seguintes. Em nota divulgada, o Copom diz que não baixou os juros por causa da inflação alta. Segundo o comitê, houve avanços no combate em inflação, mas que o nível “elevado” dela em 12 meses e “as expectivas de inflação distantes dos objetivos não oferecem espaço para flexibilização da política monetária”.
A Selic influencia todos os juros do país, mas é só uma referência: as taxas cobradas dos consumidores são muito mais altas. Em abril, os juros do cartão de crédito chegaram a 449%. Economistas dizem que a poupança está ruim como investimento, e o melhor são outras opções de renda fixa.









