No dicionário, caça é uma palavra relacionada a inimigo; tanto que o ato de caçar é apanhar o inimigo. Já o vocábulo cassa é relacionado ao ato de tornar nulo, sem efeito uma determinada licença ou um direito que alguém ACHAVA ter conquistado.
Hoje, o Amazonas comenta em suas esquinas que existem aproximadamente 27 ações tramitando na Justiça Eleitoral com vistas a cassar (ou para alguns caçar) o governador eleito-diplomado-empossado José Melo.
Todos os dias, grupos se reúnem e dizem que ele não dura 15 dias. Mais de 60 dias se passaram e aqueles 15 dias não se sabe QUANDO começam a ser contados. O certo é que a incerteza tira a tranquilidade e a governabilidade, pois traz desconfiança, mina a paz que todo administrador necessita para governar.
Muitos perguntam: devo obedecer? Ele vai ser o governador? Ele vai cumprir as promessas? O que vai acontecer se ele for cassado (ou será caçado?)? Quem vai assumir já que o segundo colocado virou ministro; será Rebeca Garcia?
A Justiça Eleitoral deveria ACELERAR o julgamento dessas ações, sob pena de perder credibilidade, pois o povo precisa saber quem vai governar o Amazonas. O clima de incertezas está passando dos limites, deixando todos assustados e inseguros.
Pior do que o cassa-não-caça é a INCERTEZA. Com ela, todos saem perdendo. E entre os perdedores, o maior prejudicado é o POVO. Com a palavra a Corte Eleitoral do Estado. A de Rondônia cumpriu essa semana seu papel, julgando com celeridade ação semelhante, por meio da qual cassou o diploma do governador Confúcio Moura.