Maria Mercedes Chaves, conhecida como Maria Lata D’Água, faleceu, ontem (23), aos 90 anos. Dona Maria inspirou a marchinha carnavalesca “Lata D’Água” – de Luís Antonio e Jota Júnior, em 1952. Tornou-se missionária na comunidade Canção Nova em 2004, e passou a ser uma “sambista de Deus”, como costumava dizer. Na Canção Nova, exerceu o ministério extraordinário da comunhão e fez parte do grupo de intercessão.
Nascida em 25 de setembro de 1933, em Diamantina (MG), durante sua infância, pegava água numa bica, acompanhada pela mãe, para suprir a necessidade da família. Aos 11 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro (RJ), onde dos 13 aos 16 anos viveu em situação de rua. Conheceu pessoas do meio artístico, que a levaram para uma apresentação num circo e, aos 18 anos, Maria sambou pela primeira vez com uma lata de água (20 litros) na cabeça. Com o sucesso dessa apresentação, a sambista foi parar no programa do Chacrinha. Nas décadas de 50 a 70, encantou o carnaval carioca, desfilando durante décadas em diversas Escolas de Samba, e passou pelos palcos mais importantes da Europa, onde morou por 30 anos.