Cella Bártholo lança releituras de canções icônicas brasileiras, começando com “Vapor Barato”, em homenagem à Gal Costa

Com os últimos quatro anos dedicados a espetáculos teatrais e à direção da In Cena Casa de Artes, em Botafogo, no Rio de Janeiro, a cantora e atriz Cella Bártholo retoma a carreira solo na música, apresentando releituras de canções icônicas brasileiras. As canções, que ganham ressignificação numa estética mais atual, farão parte do EP Releituras, que ela lançará em breve, com produção musical de Gabé, dono do coletivo artístico “Secreta”, e teclados de Gabrieu, ganhador do Grammy Latino.

A primeira canção do EP será apresentada nesta sexta-feira (3). Trata-se de uma releitura de “Vapor Barato”, composta por Jards Macalé e Waly Salomão, famosa na interpretação de Gal Costa. Na voz de Cella, a releitura de “Vapor Barato” vai estar disponível a partir de meia noite em todas as plataformas digitais. No mesmo dia, às 20h, o videoclipe será exibido no canal da cantora no youtube – @cellabartholo.

Esta será a primeira de uma série que ela irá lançar. Djavan também está na lista de artistas homenageados. “São releituras de clássicos brasileiros, com um toque moderno e com minha personalidade vocal. Foi um trabalho pensado com muito amor, em homenagem a artistas que me inspiram tanto”, explicou.

Cella conta que fez questão de começar com Gal Costa, como forma de homenageá-la, pela grandiosidade e importância que tem. “Gal é uma inspiração. É divina, maravilhosa. Nós, artistas mulheres brasileiras temos que ser eternamente gratas pelo legado, pela voz e pela força que Gal nos deixou. Essa releitura é uma homenagem com todo sentimento, amor e gratidão”, ressalta.

A canção “Vapor Barato”, diz ela, trata da busca humana por um lugar no mundo, traçando paralelos com o exílio, através da metáfora de um navio. “O exílio não se limita apenas à questão física, fazendo referência a uma situação de pertencimento. O rumo a ser tomado pelo navio é um lugar de pertencimento e não um lugar físico. É uma busca existencial. Assim, faz-se a resistência que caracterizou boa parte da cena musical dos anos 70 no Brasil”, destacou.