Três tragédias abalaram o planeta nos últimos dias. Do Brasil à França, pela ordem cronológica dos acontecimentos. Primeiro um desastre ambiental com danos ainda incalculáveis, fomentado pela cobiça humana de achar que os recursos naturais não são finitos. Em seguida atos sequenciais de terror patrocinados pela intolerância cultural e religiosa. E por fim, a terceira tragédia: a disputa para declarar qual dos dois eventos produziu mais dor na humanidade e no teatro real da vida; qual foi o coadjuvante e qual foi o protagonista.
Sim, três tragédias, porque enquanto se colocam caixões na balança da dor, o tempo passa, a lama, a miséria e a fome avançam nas Minas Gerais, e o terror desce mais um degrau no poço do ódio e da vingança, em nome da fé que destrói os corações. Mas nem tudo está perdido. A Justiça em Mariana/MG determinou o bloqueio de R$ 300 milhões na conta da Samarco Mineração, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton.
A quantia deverá ser usada exclusivamente para reparar os danos causados a famílias da cidade com o rompimento de duas barragens da empresa no último dia 5, informou nesta sexta-feira o Tribunal de Justiça de Minas Gerais. No outro continente, alguns terroristas são identificados. Na vida real, não há morte mais ou menos dolorosa, não há tragédia protagonista ou coadjuvante: há necessidade de adotar providência e punir os responsáveis! OREMOS!
