Corredores cheios, lojas vazias…

Se em 2014 o Natal foi o da lembrancinha, este ano é o Natal da promoção. Tradicionalmente, essa é a melhor data para o comércio, mas o que se vê nos shoppings e no comércio de rua é muita liquidação antecipada e poucos clientes com sacolas cheias. Endividados e temerosos com a situação econômica do país, os consumidores não estão sendo seduzidos nem pelas promoções mais atraentes.

Não sem motivo, o economista-chefe da Confederação Nacional da Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, espera o pior Natal dos últimos 20 anos, com queda de 3% nas vendas em relação ao ano de 2014 — que já havia sido ruim.

Ano passado, o setor cresceu apenas 2%, contra média de expansão de 4% a 5% registrada desde 2004.

— O Natal deste ano já acabou e foi muito ruim. Para não ficarem no prejuízo, os lojistas anteciparam as liquidações, que aconteciam em janeiro. Mesmo com a crise, as pessoas não deixam de comprar no Natal, mas estão comprando muito menos. Até o fim do primeiro semestre, podemos esperar muito mais promoções — prevê o economista.