Cunha rompe com o governo, autoriza a criação da CPI do BNDES e desengaveta pedidos de impeachment contra Dilma

Após o anuncio do rompimento com o governo da presidente Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autorizou o funcionamento da CPI do BNDES e o ato de criação já foi lido em sessão realizada na tarde de ontem. O propósito da CPI, apresentada em abril por partidos de oposição, é investigar empréstimos do BNDES a países como Angola e Cuba, entre outros. Cunha havia dito aos jornalistas que a CPI do BNDES e a dos Fundos de Pensão seriam criadas porque, com exceção da CPI Petrobras e do Sistema Carcerário, as outras três CPIs encerraram seus trabalhos este semestre, abrindo espaço para que outras comissões possam ser criadas.

 

À noite, Cunha despachou 11 pedidos de impeachment já apresentados na Casa contra a presidente Dilma Rousseff no primeiro semestre por crime de responsabilidade. O despacho concede prazo de 10 dias para que os autores dos pedidos – cidadãos, movimentos sociais e do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) – apresentem complemento aos requisitos formais. Por exemplo, o reconhecimento de firmas e indicação de testemunhas. Preenchendo esses requisitos, Cunha não tem prazo para decidir o que fazer nesses pedidos.