Denúncias graves que fecharam 2015, além da Lava-Jato:

MPF denuncia Volkswagen por participação na ditadura militar

Um relatório do Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo denunciou, no último dia 22, a montadora alemã Volkswagen por crimes de violação aos direitos humanos dentro de sua fábrica em São Bernardo do Campo (ABC Paulista), no período da ditadura militar.

A Comissão Nacional da Verdade e vários sindicatos pediram pela abertura de um inquérito que investigue a responsabilidade da Volkswagen sobre a prática de crimes de tortura e perseguições na unidade de produção da montadora no ABC Paulista. A alegação é de que a empresa agiu junto ao empresariado para manter um controle sobre os envolvimentos políticos de seus funcionários, com a elaboração de dossiês internos e fornecimento de informações para o Departamento de Ordem Política e Social (Dops), órgão que praticou tortura deliberadamente durante a ditadura militar.

DM

 

MPF recebe mais de 600 ossadas

As ossadas de Perus foram transferidas no último fim de semana para a sede do Ministério Público Federal da terceira região de São Paulo, na Bela Vista, no Centro da capital paulista. As ossadas ficarão provisoriamente no local até serem encaminhadas para análise na Unifesp após reforma e ampliação do espaço da universidade.

As ossadas foram descobertas em uma vala clandestina em 1990 do Cemitério de Perus, na Zona Norte. Inimigos do regime militar brasileiro (1964-1985) foram enterrados no local como indigentes. Desde então, as análises já passaram por duas universidades brasileiras, e perícias da polícia científica do Instituto Médico Legal (IML). Antes, as 1.049 caixas localizadas estavam guardadas no Cemitério do Araçá, na região Central. Ao todo, 614 caixas foram trazidas para o MPF, outras 435 estão na Unifesp já sendo analisadas.

A estimativa é que 20 corpos sejam de presos políticos ou desaparecidos durante o regime militar. As demais ossadas são de  vítimas de violência da época ou indigentes. Com o translado das ossadas exumadas de Perus, não há corpos guardados de forma indevida.

MPF

PF faz operação contra fraudes em pagamentos de prêmios da loteria

A Polícia Federal realizou uma operação, denominada Desventura, contra uma quadrilha especializada em fraudar os pagamentos de prêmios de loterias da Caixa Econômica Federal. No total, 54 mandados judiciais são cumpridos em Goiás, Bahia, São Paulo, Sergipe, Paraná e no Distrito Federal. Entre os suspeitos de envolvimentoestão o ex-jogador da Seleção Brasileira Edílson e um doleiro.

Dos mandados, cinco são de prisão preventiva, oito de prisão temporária, 22 conduções coercitivas e 19 de busca e apreensão. Até as 11h, nove mandados de prisões preventiva e temporárias foram cumpridos, sendo três em Goiás. Além disso, no estado, foram realizadas sete buscas e apreensões e uma condução coercitiva.

De acordo com a corporação, o esquema desviou mais de R$ 60 milhões em bilhetes premiados, não sacados pelos ganhadores, que deveriam ser destinados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). No ano passado, os premiados na loteria deixaram de resgatar R$ 270,5 milhões.