Apesar de toda a mobilização e apelo pela permanência da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, a Aleam aprovou (ontem) o Projeto de Lei 43/2015, de autoria do Governo do Amazonas, que promove a reforma administrativa e, consequentemente, coloca um FIM na independência da secretaria. Os votos contrários não foram capazes de impedir que a Secti sucumbisse a vontade da maioria, que age como ‘vaca de presépio’, sempre balançando a cabeça em concordância com os projetos do executivo. Foram 16 votos favoráveis frente a cinco contrários.
Se já era difícil alavancar o setor de Ciência e Tecnologia no Estado com uma secretaria específica, imagine agora que será INCORPORADA à Secretaria de Estado de Planejamento, que passa a ser nominada como Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação.
Os deputados que votaram contra a extinção foram: José Ricardo (PT), Luiz Castro (PPS), Vicente Lopes (PMDB), Wanderley Dallas (PMDB) e Alessandra Campêlo (PCdoB). Sinésio Campos esteve no plenário, mas se absteve. Já os deputados Cabo Maciel (PR) e Serafim Corrêa (PSB) faltaram à sessão. Este último está em Brasília em reunião do partido.
Vale ressaltar que nem todo voto contra é, necessariamente, a favor da ciência e tecnologia. Há parlamentares cujas boas intenções não enganam a ninguém, para quem lembra que eles fazem parte da CÚPULA do candidato a governador derrotado nas urnas. É o caso do deputado Vicente Lopes, que foi à tribuna na quinta para assegurar que a legenda era contra a extinção do órgão. Não à toa o presidente estadual do PMDB é o Ministro de Minas Energia, Eduardo Braga, derrotado nas eleições de outubro de 2014 pelo atual governador José Melo (PROS).
