Hoje (28), a presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas, desembargadora Socorro Guedes, vai decidir se afasta ou não o governador José Melo e seu vice, Henrique Oliveira, dos respectivos cargos. Os dois foram condenados pela corte por compra de votos nas eleições de 2014 e todos os recursos impetrados pela defesa foram negados pelo TRE-AM.
Não está em jogo apenas o afastamento de um governador cassado. O que está em jogo é o futuro político e administrativo do MAIOR Estado brasileiro. Quem pede a execução da decisão da Corte, que culmina no afastamento de Melo é o ministro de Minas e Energia e senador licenciado, Eduardo Braga (PMDB), segundo colocado nas eleições de 2014.
Durante toda a campanha eleitoral daquele ano, Braga aparecia como favorito, chegando a ficar na frente de Melo no início da apuração dos votos até ser ultrapassado por seu ex-aliado. Melo saiu vitorioso, porém, suspeito de ter fechado acordo com o crime organizado, além de ter sido acusado de usar a estrutura da Polícia Militar e autorizado a assinatura de um contrato com uma ONG no valor de R$ 1 milhão, tudo em troca de votos. Na época, o programa Fantástico, da Rede Globo, chegou a denunciar o esquema.
Agora que o TRE-AM concluiu que Melo usou a máquina pública para conseguir votos com o objetivo de ser eleito, dificilmente a desembargadora Socorro Guedes trará uma decisão favorável ao atual governador. Socorro é conhecida nas dependências do judiciário como uma jurista que segue à risca as leis brasileiras e jamais colocaria a sua credibilidade em cheque.
A desembargadora sabe que o futuro do Amazonas está em suas mãos e por isso preferiu não tomar uma decisão precipitada. Informações não-oficiais afirmaram que Melo passou o feriado recolhido em seu sítio, no município de Rio Preto da Eva.
OREMOS! Que hoje promete…
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