Dois passos a caminho da vida sem discriminação

Enfim a família homoafetiva ganha reconhecimento Civil, sim, porque antes da Justiça "permitir", os vínculos de afetividade já eram latentes... VIVA!
Enfim a família homoafetiva ganha reconhecimento Civil. Sim, porque antes da Justiça “permitir”, os vínculos de afetividade já eram latentes… VIVA!

Em decisão INÉDITA, o Supremo Tribunal Federal declarou que casais homoafetivos devem ser reconhecidos como família e nessa condição possuem direito de adoção. O casal que foi privilegiado como paradigma e que vai entrar para a história do Brasil foi Toni Reis e David Harrad, fundadores do Grupo Dignidade. O casal mora no Paraná e lutou por três anos pelo direito de adoção de três crianças. A relatora, ministra Carmen Lúcia, com lucidez afirmou que a Constituição Federal não faz distinção entre família heteroafetiva e homoafetiva. E então o Brasil finalmente chega um pouquinho mais perto da Roma Antiga e da Grécia Clássica, onde a condição sexual e as representações dela decorrentes não tinham o potencial de causar ofensas a terceiros. Antes tarde do que nunca. VIVA!

Em Manaus, a Justiça Federal deu sua preciosa colaboração em prol do mundo sem discriminação, ao conceder liminar para que o Comandante do 9º Distrito Naval não proibisse M. de M. C a participar de uma formatura apenas porque tinha (isso mesmo, tinha, pois já está removendo) uma pequena tatuagem no braço esquerdo. O processo é o número 0003887-05.2015 e a decisão é da juíza Jaiza Fraxe. O mais incrível é que uma ex-tatuagem não tem a menor possibilidade de afetar a honra da unidade militar e portanto nada pode justificar a proibição. Palmas para a Justiça; ainda existem JUÍZES (e não é em Berlim não, é no Brasil mesmo). Oremos!