Eduardo Braga defende estudo econômico para viabilizar a troca de fontes de energia usadas no Brasil

A sobra de energia produzida no Brasil, a suspensão da realização de novos leilões e a paralisação de projetos envolvendo térmicas a gás motivaram o senador Eduardo Braga (PMDB/AM) a sugerir na Comissão de Serviços de Infraestrutura, a qual ele preside, a elaboração de um estudo econômico que avalie os custos para alterar as fontes de energia utilizadas no país.

“Quanto custaria ao Brasil rescindir o contrato das energias cujo megawatts hora gerado é superior a R$ 300?”, questionou o parlamentar.

“Para que nós possamos saber o custo dessa indenização versus quanto geraria de emprego, renda, investimentos, incremento do PIB brasileiro, a manutenção de leilões e contratações seja de energia eólica, solar, hidrelétrica  ou termelétrica a gás que é muito mais eficiente do que aquelas que queimam óleo diesel. Precisamos debater com urgência a contratação de novas formas de energia para o país” disse o senador.

Dados consolidados pela Comissão de Serviços de Infraestrutura apontam que a energia hidráulica responde por 61,9% da matriz elétrica nacional, seguida pelo gás natural com 13,7% e a biomassa com 8,2%. Quem teve o maior crescimento entre as fontes foi a energia eólica, com o aumento de77,1% em relação ao ano anterior, atualmente representa 3,7% da matriz.

Durante a sessão do colegiado, a falta de segurança sobre futuros leilões e incertezas quanto a financiamento também foram destaques, bem como a necessidade de se avançar na diversificação das fontes utilizadas na matriz energética do país.

De acordo com Eduardo Braga, o Brasil vive um momento de sobrecontratação de energia oriundo do final dos anos 90, período o qual o país não tinha energia suficiente para manter o próprio desenvolvimento econômico.

“Esse estudo vai tornar o Brasil mais competitivo, uma vez que a energia elétrica serve de insumo para economia, e, principalmente, para as indústrias. Isso significa geração de mais emprego e renda ao nosso povo. Pois, trata-se de uma proposta em que todos saem ganhando” finalizou o senador.

Entre as propostas debatidas pela comissão constam também a valorização das fontes renováveis que já contam com cadeia produtiva organizada, bem como o empenho do Governo Federal na modernização do modelo e na implantação das redes interligadas.