Ex-executivos da Camargo Corrêa são condenados a 15 anos de prisão

O juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal no Paraná, condenou seis réus envolvidos na Operação Lava Jato, que investiga corrupção em contratos da Petrobras, na primeira sentença dada a empreiteiros. Dois ex-executivos da Camargo Corrêa foram condenados a 15 anos de prisão, Dalton dos Santos Avancini e Eduardo Hermelino Leite e o ex-conselheiro João Ricardo Auler a 9 anos e 6 meses pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

A punição de 12 anos de prisão foi imposta também por seis crimes de lavagem de dinheiro procedente dos contratos da empreiteira com as refinarias Abreu e Lima e Getúlio Vargas, por meio de operações simuladas com a Costa Global Consultoria. Avancini e Hermelino Leite foram condenados ainda por 38 crimes de lavagem de dinheiro de contratos das refinarias, em operações simuladas com as empresas Sanko Sider, MO Consultoria, Empreiteira Rigidez, GDF Investimentos e Costa Global.

O doleiro Alberto Youssef, operador dos pagamentos, foi reconhecido culpado (8 anos de reclusão) pelo crime de corrupção passiva. Jayme Alves de Oliveira vai pagar por 38 crimes de lavagem, saque e transporte de dinheiro, com 11 anos de prisão. Na mesma sentença, o juiz Sérgio Moro inocentou Waldomiro de Oliveira pelo crime de lavagem de dinheiro e absolveu de corrupção ativa o dirigente das empresas Sanko, Márcio Andrade Bonilho.