Família interrompe velório em cidade do Paraná após achar que o morto estava vivo

Os familiares de um homem de 44 anos tiveram que interromper o velório dele, que era realizado em Santa Helena (a 609 quilômetros de Curitiba), nessa quarta-feira (9), após acharem que o corpo “ainda estava quente”. Morador de São José das Palmeiras, no Paraná, Neimar Bonetti teve morte constatada em um hospital, na noite de terça-feira (8). Apavorados, chamaram um médico que, num exame, identificou batimentos cardíacos. O caso foi noticiado pelo Portal Extra.

Foi feita a remoção do corpo para uma emergência, onde, em nova avaliação, a morte foi confirmada. O velório recomeçou, e Neimar, que morava num assentamento de sem-terra e, ao que tudo indica, morreu por infarto, foi enterrado às 17h dessa quarta-feira. Os moradores da cidade onde ele morava chegaram a pensar que tinha ocorrido um milagre.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, o homem aparece dentro caixão, enquanto um oxímetro (aparelho usado para medir a frequência cardíaca) em seu dedo mostra a presença dos batimentos.

A dona da funerária responsável pelo preparo do corpo, Terezinha Maria, contou que quando o médico constatou os batimentos no meio do velório foi uma comoção. Ela explicou, ao Extra, que após passar por um tanato, procedimento em que são retirados sangue e fluidos corporais que permanecem no corpo, o homem só poderia estar vivo por um milagre.

“Com 43 anos de funerária foi a primeira vez que isso aconteceu comigo. Não existe fazer tanato com a pessoa e ela continuar viva, só por milagre. Eu fui para casa, mas falei que quando chegasse a hora colocaria ele de volta no caixão”, contou Terezinha ao jornal.

O médico responsável pelo atendimento no velório, Fernando Santim, explicou que precisou levar o homem até o hospital para fazer outros exames para confirmar se estava vivo ou não. No hospital, foi feito um eletrocardiograma, um exame clínico e Neimar foi avaliado por outros dois médicos que constataram a morte.

“Normalmente, o coração depois do óbito ainda emite uma atividade elétrica por algum período. Eu fui acionado junto com uma enfermeira e levei um oxímetro que constatou o pulso, mas precisei levar para o hospital para confirmar. A gente entende a família, mas o que eu fiz foi só tranquilizá-los. Se estivesse vivo, nós tomaríamos as providências, mas realmente ele estava em óbito”, explicou Santim.