Carlos Alberto Libânio Christo, o frei Betto, amigo da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula – de quem foi assessor especial no início do mandato, já se mostra temeroso com a hipótese de renuncia da mandatária que hoje tem o recorde de 71% de rejeição do seu governo. Embora avalie muito positivamente o período petista, faz críticas severas ao partido. O frei diz estar até hoje esperando uma manifestação do PT sobre a existência ou inexistência do mensalão.
Ainda segundo o frei, as manifestações são sinal de democracia, mas diz que protestar durante a semana é burrice “atrapalhar o transito como naquela música do Chico Buarque, não tem sentido, né?”. Afirma ainda, que hoje sua preocupação não é o impeachment, mas sim, se Dilma aguenta três anos e teme que ela renuncie.
Para ele, o Brasil vive uma fase de insatisfação generalizada, e não se vê a solução; “é como acelerar o carro no atoleiro de lama: quanto mais acelera, mais se afunda”. Continua dizendo que a raiva acumulada pelo povo se dá porque não há mais as facilidades para viajar, as compras ou alugueis de um lugar melhor como estavam fazendo, adquirir créditos sem juros altos… Tudo porque o PT perdeu o horizonte histórico, horizonte este que foi perdido no instante em que o partido chegou no poder que trocou um projeto de Brasil por um projeto de poder.
Abismado, ele fala que em uma conversa com o ex-presidente Lula observa com curiosidade os “companheiros” do passado que mudaram completamente de vida, ele por sua vez, continua no mesmo “quadrado” no convento. Citou José Dirceu como exemplo “fico indignado, é um derrame de dinheiro!”
Finaliza dizendo que a igreja Católica deveria aprender muita coisa com as evangélicas, como angariar fiéis e sair da “mesmice”.
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