Funcionários do Correios aderem a movimento nacional e entram em greve

A situação de quem está esperando correspondência ou encomendas via correio vai ficar complicada nos próximos dias, tudo isso porque os carteiros e servidores das áreas operacionais dos Correios de Manaus aderiram ao movimento nacional e deflagram greve nesta quarta-feira (16). Entre as reivindicações estão reajuste salarial, realização de concurso público, melhorias no plano de saúde e o pagamento do abono salarial no valor de R$ 200 proposto pela empresa quando a categoria entrou em greve no ano passado.

Os funcionários que aderiram ao movimento participaram na manhã desta quarta-feira de um ato na Praça do Congresso, no Centro da cidade. Segundo os Correios, a greve faz parte de uma movimento nacional, e nos locais onde houver a paralisação das atividades, com em Manaus, a empresa aplicará medidas do plano de continuidade para garantir as entregas. A assessoria dos Correios informou, por meio de nota, que a empresa adotará um plano de continuidade para garantir as entregas.

Informou ainda que o reajuste concedido no ano passado, também em forma de gratificação de incentivo à produtividade, que está sendo gradativamente incorporada conforme previsto no Acordo Coletivo, representou um aumento de quase 20% sobre o salário base dos carteiros.

O reajuste médio dos empregados dos Correios no período 2011-2014 foi de 36% (sendo até maior para os carteiro), para uma inflação de 27,3% no mesmo período. Além disso, os carteiros dos Correios recebem inúmeros benefícios, como vale-alimentação/refeição + cesta de cerca de R$ 1.000 mensais, adicionais de atividade, plano de saúde, auxílio creche/babá, bolsas de estudo, vale-cultura etc. Assim, os ganhos do carteiros em início de carreira, considerando os benefícios, superam R$ 2 mil e dos funcionários de nível superior chegam a cerca de R$ 5 mil.

Desde 2011 os Correios promoveram aumento do efetivo em mais de 13 mil vagas (passou de 107 mil para 120 mil trabalhadores efetivos) e estão atualmente trabalhando na realização de um novo concurso público (2 mil vagas), conforme já foi divulgado.

A proposta apresentada pelo TST garantia a manutenção do plano de saúde (cláusula 28) da forma que está hoje e a formação de uma comissão para discussão do plano de saúde.