Ministros da Fazenda e do Planejamento anunciaram hoje uma redução na meta da economia para este ano: de 1,1% para 0,15% do Produto Interno Bruto. Com isso, a meta cai de R$ 66,3 bilhões para R$ 8,747 bilhões, sendo R$ 5,831 bilhões da União e o restante para Estados e municípios. A meta foi estabelecida em 0,7% do PIB em 2016, 1,3% em 2017 e 2% em 2018.
Também foi anunciado um corte adicional de R$ 8,6 bilhões no Orçamento em maio, o governo já tinha anunciado um corte de R$ 70 bilhões. Além disso, o governo subiu sua projeção para a inflação em 2015: de 8,26% para 9%. E piorou a previsão de encolhimento da economia neste ano: de 1,2% para 1,49%.
Alcançar a meta original foi ficando mais difícil por conta de o governo vir arrecadando menos com impostos, devido à desaceleração da economia. Em 12 meses até maio, último dado disponível, o país não tinha conseguido economizar nada. Pelo contrário: acumulou um deficit equivalente a 0,68% do PIB. O ministro da Fazenda resistiu inicialmente a reduzir a meta por temer que enviaria o sinal errado aos mercados sobre o compromisso do governo com o ajuste fiscal.