Impeachment pode não tirar o Brasil do caos econômico, dizem especialistas

Está crescendo no mercado a preocupação com o endividamento –o que vai exigir de uma nova equipe econômica, que sucederia o time de Dilma Rousseff, ações rápidas.

Nesta semana, apareceram sinais de que o tamanho dessa crise da dívida pode ser maior do que o imaginado antes: Bradesco e Itaú anunciaram aumentos substanciais das reservas para o caso de calotes, e a Serasa registrou aumento de 98% nas recuperações judiciais (antiga concordata) no primeiro quadrimestre em relação ao ano passado.

Além disso, Estados endividados, a ponto de atrasarem salários do funcionalismo e pensões, chegaram ao ponto de recorrer ao principal tribunal do País, o STF, em busca de solução para suas dívidas.

A pergunta que os analistas se fazem agora é se a eventual mudança de governo poderá contornar os problemas de forma decisiva, ou se o país ainda tem muito o que piorar antes de entrar numa fase de recuperação.