As indústrias de Manaus seguem demitindo. Em abril deste ano, foram demitidos 1.545 trabalhadores, o índice de 1,54% em relação a março. Em abril, o Polo Industrial de Manaus (PIM) empregava 81.982 trabalhadores. No mês anterior, eram 83.268 funcionários empregados. A média mensal no primeiro quadrimestre do ano ficou estabelecida em 84.813 empregos. A escassez na oferta de postos de trabalho é reflexo da retração econômica.
Nem mesmo o aumento de 10,35% nas exportações foi suficiente para elevar o faturamento do setor entre janeiro e abril. As indústrias faturaram US$ 6,06 bilhões (R$ 22,3 bilhões) no período, uma queda de 15,26% na comparação com 2015 quando o faturamento chegou a US$ 9,06 bilhões (R$ 26,3 bilhões), informou a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Em dólar, a queda foi de 33,1% com valorização média da moeda norte-americana em 27,04%. As exportações totalizaram R$ 619,3 milhões no quadrimestre.
O subsetor eletroeletrônico lidera em faturamento, com 27,84% de participação. Depois vêm, respectivamente, os bens de informática, com 18,73% e duas rodas e químico, ambos com 15,15%. Em relação ao primeiro quadrimestre de 2015, os segmentos que apresentaram crescimento no faturamento foram bens de informática do polo mecânico (126,43%), madeireiro (52,44%), naval (33,57%), beneficiamento de borracha (28,24%), têxtil (26,01%), brinquedos – exceto bens de informática (24,68%), isqueiros, canetas e barbeadores descartáveis (9,83%), relojoeiro (6,35%) e bebidas (0,63%).
Entre os produtos que alcançaram crescimento quando comparados com o patamar obtido no primeiro quadrimestre do ano passado, destacam-se: microcomputadores desktop (110,18%), aparelhos portáteis de gravação de áudio – tipo mp3, mp4 – (54,64%) e lâminas e cartuchos (13,89%).
“É normal que em momentos de crise os consumidores reduzam a aquisição de bens de consumo duráveis e priorizem bens como alimentos e bebidas, por exemplo”, disse Rebecca Garcia, superintendente da Suframa.
