Instituto SENAI de Inovação em Microeletrônica participa do 10º Congresso Internacional de Inovação da Indústria

Foto: divulgação

O Instituto SENAI de Inovação em Microeletrônica (ISI-ME), localizado no SENAI Amazonas, vai participar nos dias 27 e 28 do 10º Congresso Internacional de Inovação da Indústria, em São Paulo, evento referência em inovação na América Latina, realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Quarenta e dois palestrantes brasileiros e 18 internacionais integram a programação que conta com exposições de tecnologias oriundas da CNI, Sebrae, Serviço Social da Indústria (SESI), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e empresas patrocinadoras, juntamente com a entrega do Prêmio Nacional de Inovação aos melhores cases do país.

O ISI-ME desenvolve projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) em apoio a indústria brasileira em duas áreas principais de atuação: semicondutores, na qual desenvolvem protótipos de microchips; e microeletrônica, na produção de protótipos de circuitos eletrônicos, aplicando tanto os microchips do próprio instituto, quanto microchips já desenvolvidos e disponíveis no mercado.

Credenciado no Comitê de Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia (CAPDA) e associados colaboradores da Associação Brasileira da Industria de Semicondutores (Abisemi), o instituto, segundo o diretor, Élvio Dutra, vai apresentar dois projetos que desenvolve para o SENAI/Departamento Nacional e as empresas Suzano Papel e Celulose e a Eletrobras.

Um dos cases de inovação é o projeto de gestão digital de florestas, chamado “IoTree”, que foi um dos selecionados na Missão Estratégica Suzano e SENAI, intitulada (BIO)Soluções: o Futuro a Partir da Árvore. “Nosso projeto concorreu com cerca de 100 outras propostas de PDI e foi selecionado pela Suzano para desenvolver protótipos para o seu desafio Agroflorestal, com objetivo de gerar soluções para redução de custo e melhoria da produtividade na operação e manejo florestal”, descreve o diretor, ressaltando que a empresa Suzano é um expoente global na sua área de atuação, e possui quatro centros de pesquisa de excelência no Brasil.

O segundo case, “MotoGeradorH2V”, desenvolve o primeiro grupo moto-gerador brasileiro de combustão interna a utilizar como combustível o Hidrogênio Verde (H2V), uma parceria com a empresa MWM, do grupo Tupy, no qual estes são responsáveis pela parte mecânica e o ISI-ME pela parte de injeção eletrônica. “O nosso projeto utiliza o H2V produzido em momentos de abundância energética para a geração de eletricidade, tendo o potencial para, futuramente, substituir geradores a diesel, grandes emissores de carbono na atmosfera, instalados em usinas hidrelétricas, hospitais, condomínios, industrias, sistemas isolados de geração independente etc”, explica Dutra, pontuando que este projeto é destacadamente relevante para uso em locais fechados e pouco ventilados, pois não expele gás carbônico nem monóxido de carbono (que é tóxico), como acontece com os geradores a diesel.

A Eletrobras surge como demandante do projeto dentro do contexto da Missão Estratégica Balbina – Green Connection, iniciativa concebida entre a empresa e o SENAI, no qual o “MotoGeradorH2V” foi selecionado para compor um portfólio de três projetos de PDI, a cargo de outras instituições também selecionadas pela Eletrobras, que se complementam de forma uníssona em uma integrada Prova de Conceito (nome que se dá à demonstração da possibilidade de validação de uma ideia ou conceito, seja na área de TI ou de negócios), para a Usina Hidrelétrica de Balbina, localizada no município de Presidente Figueiredo, dentro do escopo de descarbonização da Amazônia.

“Este portfólio posicionará a Eletrobras na vanguarda tecnológica em questões de descarbonização e de transição energética, em um momento que o uso de combustíveis fosseis é amplamente discutido pela sociedade, e num momento em que o Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2), coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, orienta a introdução do H2V na matriz energética brasileira”, elucida o diretor.