Não tem cabimento – que no curso de uma investigação conduzida pelo MPF, possa outro órgão qualquer (Procuradoria Geral da União) sem a mesma independência e autonomia, sem o mesmo largo espectro de atuação – atravessar a investigação com a celebração evidentemente inoportuna de um acordo de leniência que possa, ainda que mesmo apenas potencialmente, causar embaraços, controvérsias jurídicas, quiçá judiciais, enfim todo tipo de entraves ao avanço das investigações em curso. Essa foi a tese – desabafo do procurador Júlio Marcelo de Oliveira. O fato é que o Brasil está cansado de conciliações de mais e punições de menos.