Malária tem redução de 51,3% em Manaus

As ações da Prefeitura de Manaus para combater a malária têm alcançado resultados positivos. Nesta semana de intensificação de atividades pelo Dia Mundial de Combate à Malária (25/04), a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) contabilizou a redução em 51,3% de casos da doença nos primeiros meses do ano.

Entre as principais intervenções da Semsa para o controle da malária em Manaus, estão o diagnóstico e o tratamento precoces com terapias medicamentosas combinadas; o uso de medidas de proteção, como telas nas portas e janelas, mosquiteiros impregnados com inseticida em áreas de risco, utilização de repelentes e roupas adequadas; além do controle químico através de pulverização residual com inseticida para controlar os mosquitos vetores.

Em 2017, até o momento foram notificados 1.631 casos de malária em Manaus, o que representa uma redução de 51,3% dos casos em relação ao mesmo período de 2016, quando houve 3.348 registros da doença.

As ações de controle da doença nos Distritos de Saúde incluem divulgação, orientação e educação em saúde com distribuição de material informativo, diagnóstico e tratamento, busca ativa de pessoas com sintomas de malária, inquérito hemoscópico e termonebulização.

Segundo a Semsa, o órgão aproveitou a data comemorativa para destacar a importância do combate à malária no contexto das endemias amazônicas e a necessidade da vigilância permanente contra a doença.

A data, instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é oportuna para o compartilhamento de informações com a sociedade civil, visando o engajamento de todos no controle das condições de risco e na redução de casos.

De acordo com o Sistema de Informações de Vigilância Epidemiológica (Sivep Malária), do Ministério da Saúde, em 2016 foram notificados, em Manaus, 8.476 casos de malária, número 0,3% menor que o registrado em 2015 (8.501).

 A doença – A malária é causada por um parasita denominado Plasmodium, transmitido por mosquitos fêmeas, do gênero Anopheles. Os sintomas da malária incluem febre, dor de cabeça e vômitos, que geralmente aparecem entre 10 e 15 dias após a picada do mosquito. Se não for tratada, a malária pode rapidamente tornar-se um risco de vida.

Unidades Móveis de diagnóstico – A Semsa também conta com duas unidades móveis de diagnóstico da malária e da leishmaniose. As unidades são integradas ao conjunto de estratégias de controle de endemias da Semsa e ampliaram o acesso da população aos exames, tornando mais precoce o começo do tratamento, beneficiando principalmente os moradores de comunidades mais distantes, onde havia laboratórios específicos para a investigação das duas doenças.

O secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão, destaca que as unidades móveis de diagnóstico são importantes para o incremento das ações de controle da malária em Manaus porque  alcançam áreas remotas e também áreas de expansão sem infraestruturas para montagem de laboratórios – especialmente em ocupações irregulares, onde as doenças registram altos índices.

“Esses ´laboratórios itinerantes´ estão equipados com microscópios para a coleta de lâmina e realização do diagnóstico tanto para malária quanto para leischmaniose, doenças que podem ser identificadas com o uso da mesma metodologia de investigação”, explica o secretário, informando que as unidades são refrigeradas e contam com o auxílio de um gerador para possibilitar a oferta do serviço inclusive em locais em que não há abastecimento de energia.