Integrantes da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro mataram ao menos 48 pombos na Sapucaí, durante ensaio técnico.
A escola soltou mais de 70 aves no sambódromo na expectativa de que elas voassem. No entanto, a maioria ficou desorientada, caiu no chão, e foi até pisoteada pelos membros da escola.
A ONG Sos Aves e Cia irá notificar a escola com base na lei 9.605, que tipifica como crime o abandono de animais. O presidente da ONG, Paulo Maia, afirmou em entrevista à rádio CBN que está revoltado com a situação. Ele explicou que esses pombos foram criados em cativeiro, portanto é preciso um estudo complexo de ambiente e da espécie para realizar a soltura desses animais.
“Infelizmente, o Salgueiro cometeu um crime ambiental em pleno sambódromo e na frente de todo mundo. Não pode chegar numa avenida e liberar um pombo. O animal pra ser reintegrado no ambiente tem todo um estudo. O sambódromo é um local totalmente poluído sonoramente, e o pombo vai pra onde?”, questionou.
20 pombos que sobreviveram foram recolhidos pela ONG com vários ferimentos nas asas. Agora, a ONG e ativistas que lutam pelos direitos dos animais pedem que o crime não se repita no dia do desfile oficial da escola, durante o Carnaval. A assessoria da imprensa da Salgueiro afirmou à revista “Veja São Paulo” que não irá mais soltar pássaros durante o desfile oficial da escola. Seu departamento jurídico está cuidando da denúncia de crime ambiental.
