Novas eleições no Amazonas custarão entre R$ 14 e 17 milhões

O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) precisará de recursos entre R$ 14 a R$ 17 milhões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para organizar uma eleição suplementar para escolha do novo governador do Estado, segundo informou o diretor-geral do TRE, Messias Andrade.

“Isto é algo inédito na história, nunca houve uma eleição suplementar para escolher governador no País, nunca houve antes. Para fazer esta eleição, vamos precisar de recursos, nós não temos condições de fazer uma eleição deste porte sem dinheiro. Estimamos que iremos precisar de R$ 14 a R$ 17 milhões para um novo pleito. Nós, como um Tribunal pequeno que somos, não temos como fazer sem estes recursos”, informou.

Ainda segundo Andrade, o TRE fará uma consulta ao TSE para esclarecer se o prazo para as novas eleições será mesmo de 40 dias. “Teremos que licitar tudo para dar transparência, até para conseguir um preço mais baixo e, apenas para fazer as licitações, precisamos de 70 dias. Por isso estamos fazendo uma consulta ao TSE para esclarecer a respeito deste prazo de 40 dias para a eleição porque existe o trâmite processual que demanda também um pouco mais de tempo e a gente tem que ter algumas contratações por causa da logística no Estado que é muito hostil. Temos que contratar empresas para transportar urnas, técnicos para fazer transmissão. É uma verdadeira operação de guerra”, disse o diretor.

De acordo com Andrade, caso o TSE determine o prazo em 40 dias, será possível fazer também. “Teremos que cumprir o que o TSE determina, por isso, para que não haja dúvidas, estamos fazendo esta consulta para saber a respeito destes prazos de forma oficial. Em 40 dias é difícil, mas vamos ter que cumprir”, disse.

Em relação às urnas, o diretor disse que o Estado já tem as urnas suficientes para fazer a eleição suplementar. “As urnas são nossas, temos mais de oito mil urnas. As eleições vão acontecer, a nossa equipe está preparada para isso, mas a gente só tem que correr contra o tempo, mas iremos fazer, sim”, afirmou.

Quanto a eleição biométrica, Andrade afirmou que nos municípios em que o cadastramento biométrico já foi realizado, a eleição usará a urna biométrica. “Estávamos focados no cadastramento biométrico e agora teremos que parar este trabalho por noventa dias ou mais porque, depois do pleito, caso tenha segundo turno, ainda tem a prestação de contas dos candidatos e todo o rito que temos que seguir. Onde já foi encerrado a biometria, que foram nos mesmos municípios que tiveram este tipo de votação na eleição do ano passado, haverá voto em urnas biométricas, onde ainda está sendo realizado o cadastro, o voto será pela forma antiga, ou seja sem a biometria”, explicou.

Ainda segundo o diretor, o TRE terá que fazer novos contratos nas universidades e instituições de ensino para contratar pessoal para ajudar no pleito suplementar.