O pior cego é aquele que não quer ver

Nos últimos dias a população de Manaus vive aterrorizada. Como se não bastasse uma crise irreparável na Saúde Pública, fruto de um esquema assassino de corrupção, os cidadãos manauenses têm vivido dias de puro pânico. Massacre, arrastões em plena luz do dia, arrombamentos em residências durante a noite, troca de tiros, cárcere privado e outras situações pavorosas, infelizmente, têm feito parte do dia a dia de pessoas que precisam trabalhar para garantir seu sustento e de sua família, de jovens que precisam ir a cursos e demais instituições de ensino, dos idosos que precisam ir ao médico, enfim, da sociedade em geral.

Do topo a baixo da “pirâmide”, a palavra do momento é MEDO. Vários fugitivos do IPAT ainda não foram capturados, ameaças de várias facções amedrontam diariamente e mais, a polícia ameaça greve… O caos está instaurado em Manaus. A fuga poderia ter sido evitada e os policiais poderiam estar com suas promoções, mas o governador cassado José Melo (PROS) diz que a crise não permitiu nada disso, mas esqueceu a crise na hora de presentear seus amigos no final do ano de 2016 com cestas com itens de luxo. Aposto que você, querido leitor, se viu em algum momento desde o dia 1º de janeiro de 2017 com pânico, receio, medo, não é?

A cada hora chegam vídeos e fotos em nossos WhatsApps mostrando cenas de filme de guerra… Mas não a Manaus de José Melo. Lá, querido leitor, é um mar de rosas. Ninguém é roubado, o massacre em um presídio foi culpa da empresa terceirizada que inclusive já tinha pedido ajuda do Estado, todo o caos que você vive e vê nas redes sociais não passa de armação contra ele, relaxa…

Parece piada, né? Mas é o que temos. Rimos ou choramos? Primeiro, temos que sobreviver, afinal, a cidade onde moramos não parece ser a mesma em que o cassado mora!

 

Charge: Regis/AM Atual