Estamos vivendo um momento inédito no país, em que os brasileiros recuperam a credibilidade no Poder Judiciário. E isso se deve em maior parte à atuação do Ministério Público Federal e da Justiça Federal na Operação Lava Jato. Mas não é só em Curitiba que temos excelentes procuradores e juízes. No Amazonas também temos. Só em 2015 eles levaram à prisão centenas de traficantes e bloquearam mais 12 milhões em reais e penhoraram diversos automóveis e casas de administradores, empresários e políticos que praticaram improbidade.
O caso do Hospital Santa Júlia é um exemplo disso. O caso do ex-juiz Branquinho, que perdeu a aposentadoria pela prática de pedofilia e outras irregularidades é outro exemplo. O caso da conta de energia que foi reduzida em Manaus é mais outro exemplo. O caso do empresário que explorava trabalho escravo em comunidade de piaçava e está com os bens bloqueados é mais um exemplo. O caso da empresária Nair Blair que esteve vários dias presas e embora solta por habeas corpus hoje está com o passaporte preso e não pode sair do país é também outro exemplo.
Há algo em comum nesses exemplos? Sim. Todos eles foram julgados pela mesma juíza: Jaiza Fraxe. A mesma que no passado foi alvo de ameaça e perseguição por grupo de extermínio então liderado por um ex-deputado falecido e um coronel da PM condenado pela Justiça Federal. Mas a juíza resistiu às ameaças e continuou seu trabalho. Admirada pela sociedade se viu sendo novamente perseguida por sua atuação. Mais um erro dos atiradores de pedras.
Não será jogando pedras nesses juízes e promotores que vão conseguir pará-los. Nada vai detê-los no combate à corrupção e na punição exemplar dos criminosos. Vivemos uma nova fase da história brasileira e sabemos louvar os protagonistas do bem. E os protagonistas do mal? Estes já estão condenados pela sociedade que sabe discernir com clareza a maldade e os desvios que praticaram. Quanto mais eles esperneiam, mais mostram a sua cara. Os tempos são outros!
