Paralisação: professores da rede pública prometem parar nesta quarta-feira

Professores das escolas municipais e estaduais do Amazonas prometem fazer uma paralisação nas aulas, nesta quarta-feira (15), contra a reforma da Previdência, o racismo, a lei municipal que proíbe o debate sobre gênero nas escolas e pelo cumprimento da data-base da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). O movimento ocorre em, pelo menos, 15 cidades do Estado e segue uma paralisação nacional da categoria, segundo informou o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam).

Segundo uma das diretoras do sindicato, Isis Tavares, que faz parte da diretoria executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), no dia 15, os professores vão às escolas, mas vão conversar com os pais dos alunos para informá-los sobre os motivos da paralisação. Às 15h, das escolas municipais e estaduais, os professores vão seguir para a Praça do Congresso, na Avenida Eduardo Ribeiro, Centro de Manaus, para um ato de protesto.

De acordo com a sindicalista, a principal pauta da paralisação é o projeto de reforma da Previdência. Isis afirmou que, com a reforma, os professores vão perder a aposentadoria especial que, devido ao desgaste da profissão, permite a aposentadoria pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) de professores que lecionam nos ensinos Infantil, Fundamental e Médio com 25 anos de contribuição e 50 anos de idade, para as mulheres, e com 30 de contribuição ou 55 de idade, para homens.

A diretora da CNTE classificou a reforma como “escravidão moderna” e afirmou que a reforma obriga trabalhadores a contribuirem até o limite da expectativa de vida para ter direito à aposentadoria. “Talvez eles não tenham saúde ou estejam vivos para usufruir”, disse.

Isis acrescentou que os professores também vão protestar contra a reforma do Ensino Médio. “Sem contar o racismo que dificulta o aprendizado à história afro-descendente”, disse.

A pauta dos professores inclui, também, pleitear audiência com o Governo sobre a data-base dos professores estaduais e protesto contra a lei municipal que proíbe o debate sobre gênero nas escolas.

 

Fonte: D24 AM