Pena de morte com sedativo não é punição cruel

Pena de morteA Suprema Corte dos Estados Unidos da América legalizou no dia 26 de junho o casamento entre pessoas do mesmo gênero em todos os estados do país. No seu voto, o Ministro Anthony Kennedy (lá chamado de Juiz) disse : “eles pedem por DIGNIDADE igual aos olhos da lei. A constituição garante a eles esse direito”. Três dias depois, porém, veio uma decisão que está causando polêmica entre os ativistas dos direitos humanos: A mesma Suprema Corte decidiu no dia 29 de junho a favor de manter o uso de “midazolam” nas execuções de pena de morte.

Por coincidência, o placar foi exatamente o mesmo da liberação do casamento gay. Por cinco votos a quatro, os juízes concluíram que o uso de midazolam nas injeções letais não viola o princípio constitucional que impede punição cruel. A droga foi utilizada em execuções no Arizona, Ohio e Oklahoma em 2014, as quais teriam levado mais tempo do que o habitual e provocaram dor, abrindo a discussão sobre o seu uso. O caso foi levado à Suprema Corte a partir do pedido de três condenados, que alegaram que a “midazolam” não leva ao estado de inconsciência necessário. O juiz Samuel Alito disse, em nome da corte, que os advogados dos réus não apresentaram um método alternativo que fosse indolor.
Enquanto isso, a pena de morte continua sendo uma forma válida e digna de punição nos Estados Unidos, mesmo sendo considerada cruel pelos ativistas dos direitos humanos. Oremos!
Aqui está a bula do remédio, em português:
http://www.medicinanet.com.br/m/bula/7841/midazolam.htm