A Seduc (Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino) realizou a entrega simbólica das carteiras do plano de saúde privado para os servidores da educação, na manhã desta segunda-feira, 28. Conforme a secretaria, 29 mil servidores estão aptos a utilizar o plano de saúde médico e odontológico. O valor do contrato anual é de R$ 41 milhões. Na LOA 2017 (Lei Orçamentária Anual), o Governo do Amazonas reservou R$ 400 milhões para pagamento de serviços privados de saúde.
O plano privado chega em boa hora. É que a crise na saúde pública chegou à condição de ‘criminosa indiferença’, definida pela DPE (Defensoria Pública do Estado do Amazonas) em relatório que encaminhou à Casa Civil. No documento, a DPE relata que as condições de atendimento médico em três hospitais são caóticas e oferecem risco aos pacientes.
Também representa uma contradição a concessão do plano privado em um momento que a saúde pública é alvo da operação ‘Maus aminhos’, da PF (Polícia Federal), MPF (Ministério Público Federal) e CGU (Controladoria Geral da União) que desbaratou esquema de fraudes que gerou prejuízo de R$ 110 milhões. O MPF denunciou 16 pessoas à Justiça Federal por envolvimento com a quadrilha, que era liderada pelo médico Mouhamad Moustafa, que está preso. Onze policiais militares são suspeitos de integrar o grupo criminoso.
O atendimento para o cadastramento dos dependentes no plano de saúde privado vai até o dia 20 de dezembro, no auditório do Centro de Formação Padre Anchieta (Cepan), na avenida Waldomiro Lustoza, Japiim 2, zona sul de Manaus, das 8h às 12h. Para cadastrar os filhos, é necessário levar cópia dos seguintes documentos: RG e CPF (para maiores de 14 anos) e certidão de nascimento (para filhos menores de 14 anos). Para cadastrar o cônjuge é necessário: cópia do RG e CPF e cópia da escritura pública declaratória de união estável. Para fazer o cadastro, os dependentes o servidor devem levar o Termo de Autorização de Desconto em Folha e a Ficha de Cadastro disponíveis nas coordenadorias distritais para os professores.
No discurso de entrega dos cartões, o secretário de ducação, Algemiro Ferreira Lima, reconheceu que a situação, para o professor, não é nada fácil. “Aqui não é nenhum demérito para outras categorias, mas só sabe o quanto é difícil estar quatro horas e mais quatro. Tem professor que trabalha 12 horas. Só sabe do sofrimento quem está lá. O nosso trabalho é diferenciado”, declarou.
Foto: Bruno Zanardo/Secom | Fonte: AM Atual
