Poderosos que guardaram dinheiro no Panamá estão em apuros

Cinco dias após o escândalo dos Panama Papers, um primeiro-ministro renunciou, outro foi forçado a admitir que tinha cotas de uma empresa offshore e um presidente será investigado. Atletas como Leo Messi, e personalidades da cultura, como o Prêmio Nobel peruano Mario Vargas Llosa ou cineasta espanhol Pedro Almodóvar, também foram flagrados no que já é considerado o maior vazamento da história.

Mas, acima de tudo, o que começa a agitar o mundo são as consequências políticas. O vazamento recente de milhões de documentos do escritório de advocacia Mossack Fonseca mostrou como o Panamá facilita a vida de ricos e poderosos que escondem e lavam dinheiro em paraísos fiscais. Contas offshore não são por si só ilegais, desde que devidamente declaradas ao Fisco: podem ser uma forma de investir-se em bens e ativos no exterior.

Muitas vezes, porém, contas em paraísos fiscais são usadas para evadir impostos, lavar dinheiro ou ocultar o real dono do patrimônio depositado. Investigações foram abertas por autoridades locais para apurar desvios de recursos ao exterior enquanto o Panamá voltou à lista negra de muitos países.

A BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, mostra como líderes de três países –Islândia, Reino Unido e Argentina– enfrentaram escrutínio público após verem seus nomes (ou de pessoas próximas) citados nos documentos encontrados.