Presídios do Brasil promovem carnificina em disputa por sobrevivência

Na lei na selva, o leão sempre foi considerado rei, o mais forte, o que “mandava” no reino animal. Na cadeia alimentar, isso significa que ele é predador da maioria dos animais. É temido, respeitado. Mas tudo faz sentido no reino animal se pensarmos que as espécies disputam APENAS comida, sobrevivência e espaço.

Na vida real dos presídios brasileiros, não há muita diferença. O rei leão (o xerife de cada cadeia) não tem predador, ninguém o atinge, ninguém o ameaça, nem mesmo o poderoso Estado. Leão pode ser Zé Roberto, Gerson Carnaúba. Mas um dia já foi Escadinha, foi João Branco, foi Pablo Escobar.

Leão muda de nome de tempos em tempos, mas não muda de profissão. O xerife é sempre o homem do tráfico. Por que? Porque o poder das drogas está sendo indestrutível no Brasil. A corrupção desenfreada não permite que o Estado vença essa luta.

Em 2017 já houve chacina em presídios do Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte. A população tem a obrigação de exigir uma resposta dos governantes. Para essa guerra transpor as muralhas das cadeias falta muito pouco.

Cuidem de suas cabeças. Oremos!