Com 176 mil veículos, a produção das montadoras brasileiras caiu 33,5% em novembro, se comparada ao volume do mesmo período de 2014. Em relação a outubro, a queda foi de 14,2%, conforme balanço divulgado nesta sexta-feira (4) pela Anfavea, entidade que representa o setor.
Foi o pior novembro na produção da indústria automobilística desde 2003, quando 161,5 mil veículos foram montados em igual mês. O resultado foi afetado por novas paradas de linhas em montadoras como Ford, Fiat e Volkswagen, além da redução na jornada de trabalho das empresas que aderiram ao programa de proteção ao emprego, caso da Volkswagen e da Mercedes-Benz.
Fora isso, uma greve nas fábricas do grupo Antolin, fornecedor de peças estofadas para bancos e tetos de automóveis, interrompeu, por falta de componentes, linhas da Toyota, da Renault, da Ford, da General Motors (GM) e da Volks. De janeiro a novembro, a produção no setor acumulou queda de 22,3%, num total de 2,29 milhões de veículos fabricados, o que representa um retrocesso de nove anos.
Neste mês, a atividade nas montadoras seguirá reduzida, com as tradicionais férias coletivas de fim de ano, que desta vez serão mais longas em diversas empresas, nas quais os recessos vão durar por períodos de três a seis semanas. Além da crise de demanda, o excesso de veículos em estoque nos pátios de fábricas e concessionárias impede a retomada da produção. Só nas montadoras de carros de passeio e utilitários leves, 169,6 mil unidades saíram das linhas de montagem no mês passado, 32,5% abaixo do volume de um ano antes. Frente a outubro, a produção nesse setor recuou 13,9%.
Já a indústria de caminhões cortou em 54,6% a produção em relação a novembro de 2014. Ante outubro, houve queda de 21,4% na produção dos veículos pesados de carga, que somou 5,4 mil unidades no mês passado. As fábricas de ônibus reduziram a produção em 43,3% na comparação anual e 14,9% em relação a outubro. Foram fabricados mil chassis de ônibus no mês passado. Segundo o balanço da Anfavea, a ocupação nas montadoras, incluindo o setor de máquinas agrícolas, teve queda de 1,1% na passagem de outubro para novembro, somando agora 131,2 mil empregados.









